A Anarcomiguxos 7, no dia 12 de janeiro, publicou o seguinte texto de um dos pensadores mais influentes da ideologia “anarcocapitalista”:
“Assim que os membros maduros da sociedade habitualmente expressam aceitação dos sentimentos igualitaristas ou até mesmo os defendem – seja na forma de democracia (governo da maioria), seja na forma de comunismo –, torna-se essencial que outros membros – em especial, as elites sociais naturais – estejam preparados para agir de forma decisiva; e, no caso de a inconformidade continuar, eles devem excluir e, em última instância, expulsar esses membros da sociedade.
Em um pacto celebrado entre o titular e os inquilinos da comunidade com a finalidade de proteger as suas propriedades privadas, não há algo como um direito de livre (ilimitada) expressão, nem mesmo um direito de expressão ilimitada na própria propriedade de um inquilino. É possível dizer inúmeras coisas e promover qualquer ideia sob este sol; mas, naturalmente, não é lícito a ninguém defender ideias contrárias à própria finalidade do pacto de preservação e de proteção da propriedade privada (ideias como a democracia e o comunismo).
Não pode haver tolerância para com os democratas e os comunistas em uma ordem social libertária. Eles terão de ser fisicamente separados e expulsos da sociedade. Da mesma forma, em uma aliança fundada com a finalidade de proteger a família e os clãs, não pode haver tolerância para com aqueles que habitualmente promovem estilos de vida incompatíveis com esse objetivo. Eles – os defensores de estilos de vida alternativos, avessos à família e a tudo que é centrado no parentesco (como, por exemplo, o hedonismo, o parasitismo, o culto da natureza e do meio ambiente, a homossexualidade ou o comunismo) – terão de ser também removidos fisicamente da sociedade para que se preserve a ordem libertária.”
Hans-Hermann Hoppe; Democracia – o deus que falhou (São Paulo; Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2014), p. 255.
A intenção do post era denunciar o pensamento doentio de Hoppe, no qual é defendido a remoção forçada de pessoas que não se enquadram na “ordem” sociopata “libertária”, inclusive os homossexuais. Fica claro que se trata de um ideal de sociedade autoritário e homofóbico, sob o pretexto de que tudo deve estar de acordo com a “ordem libertária”.
No dia seguinte, 13 de janeiro, fomos avisados pelo Facebook que o post expondo o fascismo de Hoppe foi retirado. Isso mesmo, os próprios neoliberais e ultraliberias (miguxos) denunciaram o ultraliberal Hans-Hermann Hope com o claro objetivo de tentar, mais uma vez, derrubar a Anarcomiguxos (para saber como eles conseguem derrubar posts da Anarcomiguxos clique/toque aqui).
Como de praxe, os supostos avaliadores do Facebook não compreenderam que se tratava de uma denúncia, mesmo contendo aspas na fala de Hoppe, mesmo com o autor citado, mesmo com a página incluindo uma introdução em que se vê claramente que era uma denúncia. O Facebook interpretou que as palavras de Hoppe eram da própria página e retirou o post, atendendo às denúncias em massa dos neoliberais de internet.
Diante do ocorrido, podemos concluir:
1. O Facebook reconhece que Hans-Hermman Hoppe pratica discurso de ódio que induz a violência. Todo post que citar essa passagem da remoção dos indesejados da “ordem libertária” feita por Hoppe pode ser derrubado caso seja alvo de denúncias, mesmo que a intenção seja expor a sociopatia e o fascismo de Hoppe. O Facebook deixa claro que rejeita o pensamento de um dos maiores nomes do “anarcocapitalismo”.
2. Os neoliberais de internet e ultraliberais, ao denunciarem em massa a fala de Hoppe com o único propósito de derrubar a Anarcomiguxos, ironicamente também reconhecem que Hoppe pratica discurso de ódio, do contrário não fariam a denúncia. Ou seja: eles sabem muito bem o que Hoppe representa, eles sabem que se trata de um sociopata, tanto que fizeram a denúncia. No entanto, ainda assim o seguem e o veneram.
3. Fica evidente, mais uma vez, que a Anarcomiguxos possui posts derrubados pela incapacidade do Facebook distinguir a diferença entre denúncia e concordância quando se trata de um post sobre discurso de ódio. Agindo assim, o Facebook impede que outros discursos de ódio proferidos por personalidades sejam denunciados. A “avaliação” estúpida que o Facebook faz de posts denunciados torna a liberdade de expressão refém das denúncias em massa, obrigando editores de páginas se policiarem todo o tempo e se auto-censurem para evitar que tenham mais posts derrubados e, por fim, a própria página excluída.

4. A queda desse post é uma evidência que contraria os haters da Anarcomiguxos, que dizem ser merecidas as exclusões das versões anteriores da página por, segundo eles, violar as regras do Facebook, em vez de reconhecerem que a Anarcomiguxos é vítima de denúncias em massa organizadas em grupos secretos dessa rede social e muito possivelmente em fóruns espalhados pela internet. A Anarcomiguxos é alvo de grupos que sabem muito bem como funcionam as “avaliações” mecânicas e burras feitas pelo Facebook. Não é a Anarcomiguxos que viola as regras da rede social de Zuckerberg, são grupos de jovens reacionários, principalmente ultraliberais em sua vendeta contra a página, que a denunciam sistematicamente e de forma ininterrupta, já contando com o modo de operação falho, limitado e baseado em número de denúncias do sistema de avaliação de posts denunciados dessa rede social.
Contudo, agora será diferente. A Anarcomiguxos começará a denunciar aqui em seu site todos os erros de avaliação do Facebook. Os responsáveis por esta rede social no Brasil (ou da matriz nos EUA) se mostram incapazes de identificar, mesmo depois de seis Anarcomiguxos derrubadas, que a página é alvo de grupos conservadores muito bem organizados e com muito tempo livre para denunciar todos os posts que percebem serem possíveis de derrubar devido ao seu grosseiro sistema de avaliação. A impressão que dá é que não são seres humanos que fazem essas avaliações, mas “robots”, algoritmos que não têm como identificar ironias, trechos entre aspas, denúncias de reais violações de regras do Facebook. Ou as pessoas que estão por trás das avaliações de denúncias são muito mal pagas e estão submetidas a péssimas condições de trabalho ou simplesmente agem de má-fé, pois não há outra explicação para avaliações tão injustas.