MBL dá chilique para defender político corrupto e é humilhado

Invertendo valores, o MBL ataca a deputada Tabata por ela denunciar um caso de corrupção, causando repúdio entre seus próprios seguidores.4 min


Após denunciar que o apartamento funcional que tinha direito estava ilegalmente ocupado pelo filho de Hildo Rocha (MDB-MA), a deputada Tábata Amaral, surpreendentemente, foi atacada pela página do MBL. Isso mesmo, o MBL, em vez de se indignar com Hildo Rocha e seu filho, inverteu a realidade e tornou Tábata alvo de Renan Santos, Kim Kataguiri e Arthur do Val, que rapidamente fizeram vídeos e posts nas redes sociais acusando-a de oportunismo e de fraude política.

Tábata é de origem periférica, filha de pai cobrador e mãe diarista. Foi uma estudante brilhante, colecionando mais de 30 medalhas que ganhou em concursos de matemática, robótica, linguística, química, informática, astronomia e física.

Em reconhecimento, recebeu uma bolsa de uma escola particular para cursar o ensino médio. O seu excepcional desempenho nos estudos garantiu sua aprovação na universidade de Harvard, onde estudou astrofísica e ciência política.

Tábata voltou ao Brasil para se dedicar à política, tendo como objetivo ajudar a melhorar a nossa educação. Devido à sua trajetória ganhou credibilidade, o que lhe rendeu o apoio de mais de 400 doadores para sua campanha, sendo assim eleita entre os deputados mais bem votados.

O grupo de extrema-direita publicou dois posts tendo Tabata como alvo. No primeiro, um textão assinado por Renan Santos, que tem 60 processos da justiça nas costas e deve mais de R$ 4 milhões na praça, contendo cinco parágrafos enfurecidos tentando desqualificar Tábata por ser progressista — evidenciando a intolerância de Renan (e do MBL) à pluralidade na política — e por supostamente receber apoio financeiro de empresários bilionários, enquanto o MBL esconde a origem dos seus recursos, alegando ser “perseguido”.

Renan em nenhum momento condena com a mesma veemência usada contra Tábata o fato de que o deputado Hildo Rocha ocupa dois imóveis funcionais junto com seu filho, o que é ilegal, o que é corrupção descarada.

No segundo post, o MBL chama o apartamento funcional de “regalia”, um direito garantido a todos os deputados, mas que, pelo visto, só a Tábata não pode usufruir.

Além desses posts, como não poderia deixar de faltar, Arthur do Val, o Mamãe Falei, faz um vídeo com o mesmo chorume.

Mamãefalei contra Tábata

Seguidores do MBL ficam ao lado de Tábata e humilham o movimento nos comentários

A trajetória da Tabata, uma menina pobre da periferia que se tornou uma cientista formada em Harvad, fez ela ganhar a admiração inclusive de muitos conservadores, que a consideram um exemplo de meritocracia.

Talvez por isso, e para surpresa do MBL, os posts atacando Tabata tiveram um efeito contrário, fazendo os seguidores do movimento se solidarizem com a nova deputada. O MBL recebeu uma avalanche de críticas e questionamentos, obrigando-o a ficar na defensiva.

O movimento de extrema-direita tentou se defender com um print de Kataguiri dizendo que abriu mão das “regalias”, mas…

MBL tenta se defender

O Arthur do Val também teve que ler comentários que reprovaram sua atitude.

Considerações finais

Nenhum dos principais integrantes do MBL possui formação superior, mas isso não os impede de “saber mais que o professor” e de querer destruir a imagem de uma jovem recém eleita deputada com uma história e currículo admiráveis, cujo compromisso de campanha foi lutar pela melhora da educação no Brasil.

O MBL não suporta pessoas ilustradas, pois sobrevive da ignorância e do ódio (contra a esquerda). O MBL odeia a universidade, por isso ataca seus professores e defende sua privatização. O movimento repudia o conhecimento, pois este ameaça a sua existência. Se dizem liberais, mas negam a herança iluminista, preferem o Olavo de Carvalho, querem que o Brasil retroceda para um tempo em que o conhecimento estava enclausurado.

O movimento também gosta de fazer populismo barato. O Kim diz abrir mão das “regalias”, mas não diz que terá todo o suporte financeiro do MBL, que se nega a dizer a origem dos seus recursos.

Vagabundo "zoeiro"
Desperdício de dinheiro público: bem diferente de Tábata, que se preocupa com a educação, Kim entrou na política para “zoar”.

Político receber ajuda de custo não é uma invenção da esquerda ou coisa do Brasil, mas sim de liberais ingleses do século XIX (apesar de que, entre eles, tiveram aqueles que também se opuseram, caso de Stuart Mill). A intenção era possibilitar que os mais pobres também pudessem participar da política representativa. No Brasil isso tem dado certo, abriu as portas da política para pessoas que jamais poderiam exercer um cargo sem ter um salário. É o caso da Tabata, ela precisa do salário de deputada e das “regalias”, no caso, o apartamento funcional.

Dizer que se pode viver muito bem com mais 3 assessores no mesmo apartamento alugado é papo de quem não se dedicará ao cargo de deputado, mas sim à “zoeira”, produzindo vídeos em Brasília para postar no Facebook e no Youtube achando que está avacalhando geral, sem perceber que é o próprio avacalhe. A Tabata não se elegeu para zoar, por isso ela precisa do seu apartamento funcional em que possa ter sua privacidade, para se dedicar integralmente ao seu cargo.


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