5 motivos por que a Direita São Paulo é nefasta e deve ser combatida

Grupo de extrema-direita já agrediu refugiados palestinos e defende abertamente a prática de tortura na Ditadura Civil-Militar, mas agora começa a enfrentar resistência. 5 min


Na manhã deste sábado, durante uma “palestra” de apologia à tortura na Ditadura Civil-Militar na sede do grupo extremista da Direita São Paulo, um dos seus membros Jonas Serejo foi agredido com spray de pimenta e com uma pancada na cabeça. Mas por quê? Será que foi gratuito ou apenas uma reação a um grupo que prega discurso de ódio e que legitima os crimes da Ditadura Civil-Militar?

A verdade é que esse grupo de extrema-direita não só prega discurso de ódio contra a esquerda e minorias, mas o coloca em prática. A agressão que um dos seus membros sofreu é totalmente compreensível. A história nos ensina que é necessário reagir com vigor contra grupos de extrema-direita, já que a polícia costuma ser conivente com suas atividades. Do contrário, quem poderá ser agredido ou mesmo morto é você que é pobre, gay, feminista, negro ou imigrante.

E não se deixe enganar pelo fato do agredido ser um negro. Esse grupos costumam usar negros como token, para camuflar o seu racismo. Esse Jonas ser integrante de um grupo que certamente iniciaria políticas racistas caso estivesse no poder, apenas é mais uma evidência do fracasso que é a educação pública no Estado de São Paulo, administrada por mais de 20 anos pelo PSDB.

Antes que os integrantes desse grupo perverso comece a se fazer de vítima por aí, com o apoio dos “liberais” defensores da liberdade de expressão e que derrubam páginas que não gostam ao mesmo tempo, confira o seu histórico de violência e entenda por que ele deve ser combatido.

Direita São Paulo faz apologia à tortura

Como vimos, o motivo da agressão de um dos integrantes da DSP é totalmente compreensível: os caras estavam fazendo apologia às torturas que aconteciam nos porões da Ditadura Civil-Militar! O grupo também é responsável pelo lançamento do bloco de carnaval “Porão do DOPS” em homenagem ao torturador Carlos Alberto Ustra.

Quem acha que apenas “esquerdistas vagabundos” foram torturados e por tal motivo simpatiza com o grupo, ou é desinformado ou tão mal intencionado quanto. A ditadura também torturou civis – que nada tinham a ver com organizações políticas -, criançasíndios e até seus soldados!

A prática da tortura é inadmissível, seja em qual regime político for, nos EUA ou em Cuba; seja qual pessoa for, de esquerda ou de direita. É um ato bárbaro que deve ser repudiado por todos aqueles que desejam viver numa sociedade em que a dignidade humana seja um dos valores, sem a qual a convivência entre os indivíduos se torna inviável e a sociedade acaba se tornando um campo de guerra.

Lembremos também que a tortura é um crime reconhecido internacionalmente pelas Nações Unidas e é considerada uma grave violação dos Direitos Humanos (para quem acha que Direitos Humanos apenas defende bandido: Não, Direitos Humanos não são uma defesa da “bandidagem”).

Direita São Paulo é xenófoba e agride imigrantes

No dia 03 de maio de 2017, integrantes da Direita São Paulo e do MBL, em uma explícita manifestação xenófoba contra os imigrantes na Avenida Paulista, provocaram palestinos que estavam no local. Conforme o relato da pesquisadora Indra Neiva, que presenciou a cena:

“Eu vi o pessoal do MBL fazendo um protesto criminoso, incitando o discurso de ódio e a xenofobia, o que é crime tipificado. Os palestinos estavam passando pela Avenida Paulista e pararam para ver a manifestação, e então foram xingados e ameaçados. Os manifestantes começaram a gritar ‘Não a islamização, vocês são terroristas’. Um deles empurrou um palestino, foi agressão mútua mas com certeza eles começaram, e só os palestinos foram acusados”.

Durante o confronto, iniciado pela Direita São Paulo e MBL, a PM surgiu e, aos gritos de “Viva a PM” dos integrantes da DSP, prendeu apenas os palestinos refugiados Hasan Zarif, líder do grupo Palestina para Tod@s (MOPAT) e Nur, que precisou ser levado ao pronto-socorro devido a uma fratura no nariz.

GRUPO QUE ATACOU OS IMIGRANTES FILMOU O LINCHAMENTO E A ARBITRARIEDADE DA PMO grupo Direita São Paulo, transmitiu ao vivo o linchamento dos imigrantes e manifestantes favoráveis a lei da imigração. Além de apanhar dos xenófobos desse grupo, foram detidos pela Polícia Militar e ainda se encontram detidos. Um dos agredidos, não suportou ficar na DP e foi conduzido ao pronto socorro. No vídeo é claro que mesmo rendidos, o grupo permanece sendo agredidos sem nenhuma intervenção da PM, nenhum agressor do grupo Direita São Paulo foi detido.Vídeo: Reprodução.

Posted by Sâmia Bomfim on Tuesday, May 2, 2017

Ficam duas perguntas pertinentes: Por que será que os integrantes da Direita São Paulo idolatram tanto a PM? E por que a PM apenas prendeu os palestinos, apesar de terem sido agredidos por aqueles que os provocaram e iniciaram a agressão?

Direita São Paulo é homofóbica

Todo mundo que possui o mínimo de bom senso sabe que por trás do discurso do “orgulho hetero” se esconde a homofobia. Afinal, orgulho do quê, se homens heteros tiveram por milhares de anos toda uma estrutura social dominante em que eles são os principais beneficiados e que persiste até os dias atuais? Qual a dificuldade que um homem encontra neste planeta por ser heterossexual? É evidente que a evocação do mito extremamente cínico do “homem hetero oprimido” é pretexto tosco para invalidar a luta LGBTTQ por direitos, respeito e reconhecimento.

Links: post 1 e post 2.

Pois bem, o grupo Direita São Paulo, além de evocar esse mito do “homem hetero oprimido”, também se refere aos gays como se fossem mulheres, como se ser mulher fosse ofensa, com a clara intenção de depreciá-los por serem gays. Negar que homossexuais masculinos também são homens, chamando-os de mulher na tentativa de ofender, além de machismo é uma clara demonstração de homofobia.

Direita São Paulo apoia a violência da PM contra civis

Em maio de 2017, ao participar de uma manifestação contra as reformas do (des)governo Temer, o estudante Mateus Ferreira da Silva foi atingido na cabeça por um PM com cassetete. O golpe foi tão violento que quebrou o cassetete ao meio e Mateus foi parar na UTI com um traumatismo craniano.
O episódio foi louvado pela Direita São Paulo, que chegou a fazer um post homenageando a PM pela truculência que quase provocou a morte de Mateus. Fica claro que o grupo deseja a eliminação de tudo aquilo que considera como inimigo, até estudantes universitários.

Direita São Paulo é fascista

No caso anterior já pudemos conferir que a Direita São Paulo festeja a agressão policial contra civis que considera inimigos, mesmo que seja fatal. Querer a eliminação dos que não pensam como você já é um claro sinal de fascismo, mas faltava o aspecto anti-comunista do grupo para poder classificá-los como fascistas. Não mais.

Na mesma manifestação xenófoba em que provocaram e agrediram refugiados palestinos, os integrantes da Direita São Paulo bradaram em alto e bom som, para que todos os presentes pudessem ouvir: “Comunista tem que morrer“.

Visitando a página da Direita São Paulo podemos identificar todas as características do fascismo apontadas por Umberto Eco em sua obra O Fascismo Eterno (Ur-Fascism).

O guru ideológico do grupo é o autointitulado filósofo Olavo de Carvalho e seu representante político – adivinha? – é o deputado federal Jair Bolsonaro.

Correção: a Direita São Paulo não possui ligação com o MBL (pelo menos nada que comprove).


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